Homens armados atacaram uma igreja em Hama, na Síria, no dia 18 de dezembro, danificando propriedades e profanando túmulos Cristãos.
Em um incidente separado, no dia 23 de dezembro, um grupo de oito homens queimou uma árvore de Natal na cidade de maioria Cristã de Suqaylabiyah, perto de Hama.
Estes incidentes refletem a violência crescente contra as minorias religiosas, aumentando as preocupações de segurança na região.
Marcas de bala na fachada da igreja em Hama [Crédito da Imagem: Alkompis news]
No primeiro incidente, os agressores invadiram inicialmente uma casa pertencente à igreja.
De acordo com Nicolas Baalbaki, um importante líder da igreja, eles tentaram remover uma cruz do edifício antes da intervenção dos congregantes, forçando os agressores a recuar.
No entanto, os agressores abriram fogo, deixando marcas visíveis de bala na fachada do edifício da igreja.
Os agressores profanaram os túmulos Cristãos na área. Os túmulos de famílias Cristãs foram vandalizados, evidenciando o crescente ataque a locais religiosos.
A igreja alertou imediatamente a polícia local, que chegou prontamente ao local. A polícia perseguiu os agressores e prendeu vários indivíduos, tendo sido mobilizadas patrulhas adicionais em torno de locais religiosos sensíveis na cidade.
O Coronel Maher Marei, comandante da polícia de Hama, confirmou que os tiros foram dirigidos não apenas à igreja, mas também a outra área da cidade. Ele garantiu que os responsáveis pelo ataque seriam processados.
As autoridades continuam investigando o ataque, mas até agora nenhum grupo assumiu a autoria. Na sequência deste incidente, as autoridades locais aumentaram as medidas de segurança, destacando patrulhas adicionais em torno de locais religiosos para evitar novos ataques e garantir a segurança das comunidades vulneráveis.
Este ato de violência agrava ainda mais as tensões que rodeiam os grupos religiosos e étnicos na Síria, uma vez que tais profanações são vistas como um ataque direto à herança Cristã.
Síria vê protestos após árvore de Natal ser incendiada
Protestos eclodiram em toda a Síria após a queima de uma árvore de Natal. O ataque alegadamento realizado por oitos combatentes estrangeiros (não Sírios), provocou indignação generalizada, principalmente entre a comunidade Cristã.
Manifestações pedindo proteção às minorias religiosas foram vistas em diversas áreas, incluindo o bairro de Bab Touma, em Damasco.
Os manifestantes expressaram os seus receios sobre o futuro do Cristianismo na Síria sob a nova liderança Islâmica de Hayat Tahrir al-Sham (HTS da sigla em Inglês), que recentemente assumiu o controle após a queda do regime de Bashar al-Assad.
Embora o HTS tenha prometido salvaguardar os direitos das minorias religiossas, as suas associações anteriores com grupos jihadistas e a presença de combatentes estrangeiros complicam a situação, aprofundando as preocupações sobre a segurança da população Cristã da Síria.
Outros relatórios, compartilhados nas redes sociais, indicam que incidentes semelhantes ocorreram na cidade vizinha de Maharda, onde foram disparados tiros contra túmulos Cristãos. Os danos nos túmulos em Maharda refletem a destruição vista em Hama, amplificando os receios dentro da comunidade Cristã em toda a região.
Este ataque surge no meio de um padrão mais amplo de violência desde que o Departamento de Operações Militares assumiu o controle da província de Hama, em 5 de dezembro.
Ativistas locais e testemunhas oculares documentaram inúmeras violações, incluindo execuções extrajudiciais, destruição de casas e ataques a propriedades públicas e privadas.
Os testemunhos sugerem que elementos do grupo Islâmico Ansar al-Tawhid estão envolvidos em muitas destas violações, embora alguns perpetradores ainda não tenham sido identificados com precisão.
How you can pray
Por favor, ore pela comunidade Cristã na Síria, afetada pela recente violência. Peça a proteção, cura e paz de Deus para aqueles que estão sofrendo. Por favor, ore também pelo fim da violência, para que a justiça prevaleça e para que a luz do amor de Deus brilhe intensamente no meio das trevas.
